quarta-feira, 22 de abril de 2009

Phoinix - Maria Luiza



Morri de overdose.

Mas isso foi há muito tempo atrás.

Aquela moça que existiu um dia, se matou num momento de loucura e, das cinzas dela, eu ressurgi: Fênix!

E assim, todos os dias subsequentes àquela morte, me reinvento.

Sheherazade, Morgana, Madre Tereza, Mãe do Mundo.

Posso ser de tudo um pouco: executiva profissionalíssima, às vezes, até inescrupulosa, se precisar vencer o oponente. Mãe com o colo sempre pronto pras filhas que foram geradas no meu ventre e pros filhos que adotei ao longo da vida. Amiga fiel dos meus poucos amigos. Terapeuta dos jovens desconsolados, que me contam seus dilemas. Palhaça pra quem precisa rir, terna com que precisa desabafar, autoritária com quem precisa aprender a obedecer.

Já fui frágil o suficiente para deixar o Amor para trás.

Hoje sou forte o suficiente para encarar meus medos e minhas esperanças. E não me falta a coragem para revolucionar minha vida, como tenho feito dia após dia. Revoluciono os conceitos, as visões de mundo, a educação de minhas meninas: elas serão mulheres com base emocional para não dependerem de ninguém, como eu estou aprendendo a ser.

Conto apenas comigo mesma: é a
minha vida após a minha morte!



7 comentários:

Ury disse...

Eu sou um dos filhos adotados, um dos jovens desconsolados e sempre preciso rir ctgo. TE AMO e me senti parte deste texto.

The Voice disse...

Você é parte deste texto, Ury! Meu querido filho, a quem dedico a postagem dos textos do Caio Fernando Abreu: isso nós dois temos em comum, além da nossa sensibilidade, é claro!
Beijo, meu anjo!

ninelisa disse...

Uau querida Malu!

Justo hoje que te pedi um colo, justo hoje, eu recebo esse convite, justo hoje eu te aprendi um pouco mais!

Parabéns, estarei sempre te lendo!

Beijo e obrigada!

Ury disse...

Aiii que lindoooo, querida mãe. Temos muito mais do que isso em comum, temos aquela coisa de nos entendermos só no olhar, somente como verdadeiros amigos fazem. "Desistir não é nobre. E arduamente não desistimos" CFA. Digo isso, pq existem momentos em que eu não sei de onde tirar forças pra continuar...lembro de vocês e dos que me querem bem...e acho força. Um dia eu vou embora dessa cidade, quero crescer, quero viver, quero ver tudo, e sabemos que "é difícil aprisionar os que tem asas" principalmente os que não tem medo de usá-las. TE AMO e isso já não é novidade.
Mil beijos do filho não-parido(pelo menos não por ti) hahahahahahahahahaha

The Voice disse...

Ury, meu filho não-parido (adorei essa coisa! hahahahaha),

Nossas almas, de uma certa maneira, se encontraram por que sempre há uma razão inconteste para que isso ocorra: assim como a mera coincidência de você ter sido parido de verdade por outra Maria Luiza não é vã.

Aprenda a voar, aprenda que existem correntes ascendentes, que te mantêm no alto e se cuide com as correntes descendentes e as rajadas frias: elas podem te derrubar. Mas jamais perca a vontade de abrir as asas e ir em busca do futuro: ele é daqui a pouco e não sabemos quanto tempo ainda temos.

Voa e saiba que sempre haverá um abrigo onde fores!

Ury disse...

E eu choro quando leio teus comentários, querida. Vou voar, um dia vou ser grande, Malu, tu vai ver.Quero ser maior que tudo, quero mostrar ao que vim e o quanto sou capaz. Beijos

The Voice disse...

"Não chore ainda não
Que eu tenho um violão
E nós vamos cantar:"

"Batuque na cozinha, sinhá não quer
por causa do batuque eu quebrei meu pé!"