domingo, 30 de maio de 2010

Pedaços de felicidade - Maria Luiza


As coisas podem se perder por aí, mas a gente é que não pode se perder de quem a gente gosta.
Nada melhor do que a gente reencontrar pedaços de felicidade nas gavetas e velhos amigos pela vida.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Elementos - Maria Luiza


Tiro-lhe do céu,
pois o ar não é o seu elemento.


Dou-lhe a água: sacie sua sede.
Beba da minha fonte.
Banhe-se nos meus fluidos.
Mergulhe e descubra
os prazeres abissais
que ninguém mais conhece,
pois estes estão à sua espera
- são seus, unicamente.
Você: Argonauta.


Nos meus líquidos
você encontrará
oceanos profundos
e mares não navegados.
Explore-os.
Surpreenda-se.
Encante-se.
Vinte mil léguas submarinas
não conterão
a metade da emoção
que lhe guardo.


Convido-lhe mais uma vez:
entregue-se a mim
como a areia
que se dá ao beijo do mar.
Conheça o vulcão submerso
que cospe seu fogo
sob as densas águas,
mas que ninguém vê.


Em terra você se considera a salvo:
pés fincados no barro
- aridez de idéias,
emoções ressecadas.
E os ventos que sopram
da terra enchem seus olhos
de pó e fuligem
turvando sua visão.


Dou-lhe mais uma vez a água:
lave seus olhos, rosto, corpo.
Dou-lhe a água:
lave sua alma.

Dou-lhe meu fogo:
consuma-se.

Consumamo-nos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Credo - Maria Luiza


Sua presença se faz em mim
na superfície da pele,

no pulsar do coração,

no fundo do meu sexo.

Olho dentro do meu olhar

e encontro você.
Mais do que os "mas" da vida.
Para você eu já disse.
E repito.

E confirmo.

Volto a dizer:
SIM.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Poções - Maria Luiza


Embriago-me de palavras,
quisera embriagar-me de beijos.

Dose após dose, letra após letra,

faço coquetéis potentes - poções de amor e poesia.

Escritos em preto no branco,
entrelinhas de literatura,

nobreza de conteúdo,

carinhos feitos de signos.

Absinto ou poção mágica?

Embriaguez ou feitiço?
Não importa, o resultado é o de sempre...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Cativa - Maria Luiza


O que posso fazer se estou condenada?
Cativa de um amor improvável

Que me prende com garras serenas

Que me pede paz e calma

Que provoca meus sentidos

E me olha de soslaio.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Descaminhos - Maria Luiza


Mais uma vez a vida mostra caminhos que não podem ser percorridos.
A minha inquietação é o reflexo da alma em movimento.