
Talvez o poeta tenha razão
ao declinar em palavras normais:
"os deuses vendem quando dão".
Resta a nós, os pobres mortais,
querer ou não pagar o preço:
valer-se a ultrapassar umbrais,
lançar-se num outro começo.
Mas para tal é preciso ousadia,
cara e coragem em demasia;
não é tarefa para um homem comum:
é preciso de si mesmo ser paladino
em sendo um não-herói algum,
ao seguir o sentimento cristalino,
ao fazer da História a Poesia.
Um comentário:
"querer ou não pagar o preço" A gente sempre paga, aliás, ainda bem pagamos. Já diria CFA "Não é fácil ser a gente mesmo da cabeça aos pés, da unha do dedo mindinho até o último fio de cabelo." E nós SOMOS. Te amo.
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