
Não esqueci. Não esqueço.
Fui a mais perfeita das mulheres.
Hoje o espelho aponta
as (imper)feições da ausência.
As marcas do que não houve,
traços de demência...
e o eterno olhar de afronta.
Não esqueci. Não esqueço.
Somente a lembrança conta
dos risos e prazeres
e das ruas vazias
da minha consciência.
Não esqueci. Não esqueço.
Seja no parque ou no jardim,
seja na casa ou dentro de mim,
é no seu olhar que encontro
a minha paz, a minha essência.
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