As minhas perguntas
permanecem sem resposta,
enquanto as minhas respostas
procuram as suas perguntas.
Sinto-me mármore: fria
Como Dafne nas mãos de Apolo
Não me entrego, só nostalgia
árvore e tronco sem ter seu colo
Permita-me ser tua Sheherazadete encantar com contos e lendas
te fazer sonhar com a felicidade
te emaranhar em minhas rendasPermita-me ser tua Morganatua feiticeira, tua amante
Amor que não se engana
mesmo que tão distante
Permita-me te amar com a intensidade
Do pulsar do teu coraçãoInventar uma nova verdade
Pra despertar tua paixão
Águas que já passaramNo leito do rio
Voltam em forma de chuva
Ao lugar de origem
Encharcam a terra árida
Como monções abençoadas
Recriando a primavera
Após um longo inverno seco
As sementes adormecidasExplodem em vida
Florescendo os jardins
De amores-perfeitos
Amores refeitos
Abri meu coração, minha alma, meus braços, minha boca e muito mais. É hora de fechar as janelas e a porta do meu ser, só pra me preservar.
Quando nossas bocas se unem podemos ouvir o que o coração do outro fala. Há tanto que o coração quer dizer... e a boca se cala.
Queria que só meia hora de um sonho fosse realizado. O resto eu trataria de fazer valer...
Camões disse: "para tão grande amor, tão curta a vida". Digo, transgredindo: "para tão grande amor, então curta a vida!!!"
Alimentando a esperança. Alimentando sonhos. Quem sabe ambos se criam?
Foi o teu calor que me fez desabrochar.
Foram os teus cuidados que me fizeram florir.
Hoje sou Primavera.
Um dia, as palavras, as inexatidões e as dicotomias se unirão na humanidade que existe no Amor.
Há uma intensidade na condição feminina que nem todos os homens podem compreender - e também há algumas mulheres que não conseguem atingir.Preciso de quinze minutos de lembranças do futuro, de planos do passado, de um presente do presente.Sou vermelha, roxa e cor de abóbora: vibrante e quente como a lava de um vulcão. Posso explodir e depois amainar. Neste peito bate um coração transbordante e o meu gênio é deveras indomável.
Nunca se diz tudo o que se deveria dizer... fica o hiato do pensamento e da palavra: terra fértil para se produzir desencantos.
Há uma saudade milenar, pois para cada segundo que se passa, parecem que anos se passaram, e a saudade é arqueológica.
Em o Mágico de Oz, Dorothy diz:
"There is no place like home" Eu retruco:
"Yes it is: beyond the rainbow!"