Meu coração tá cansado
de bater descompassado,
agora vive contrito
esperando o atrito,
faz doer o esquerdo ombro
e se transforma em escombro...
Que medo de ter um enfarte!
E perder a vida, a arte!
Morrer aos cinquenta e dois,
não quero, só bem depois!
Preciso largar o cigarro,
talvez comprar um carro,
viajar, mudar de cidade,
baixar minha ansiedade,
respirar outros ares,
conversar com outros pares,
sobre poesia e literatura,
cinema, arte e cultura.
Eita coração danado!
Porque lhe deixei de lado?
Fiquei só ouvindo a razão...
Tá certo: explode coração!