Estou dentro dos meus mundos: onde o amor é possível, onde os dias são perfeitos e as noites são calientes. E de dia sempre faz sol.
Quero mais o escapismo de leituras agradáveis, viagens para lugares distantes que algumas músicas me levam, sonhar com domingos ensolarados nas manhãs, ainda na cama desarrumada, café e você ao meu lado. Quero seu beijo.
O imposto que se paga por sonhar assim é alto: acordar com a noite ainda se despedindo, o nevoeiro bloqueando a visão do jardim e o frio do clima e da rotina da solidão puxando para a realidade infértil. Dias cinzentos e noites sem estrelas. Volto ao sonho, pelo menos assim, sinto-me viva. Já dizia Cazuza: "quem tem um sonho não dança..."
O mais estranho de tudo é que ninguém suspeita - nem mesmo você - de todas as marcas, perdas, lutas, dores e choros que carrego em mim. As minhas alegrias são visíveis, não as escondo. O meu lado noir, esse ninguém está habilitado a ver, há muito lodo no escuro do fundo deste poço.
Até determinado ponto da vida acreditei piamente em "fairy tales": "Happily ever after". Isso foi até o dragão da maldade humana mostrar que não existem príncipes e a vida é um grande pântano - cheio de sapos.
Alguns eu fui obrigada a engolir.
Criei uma úlcera.
Alguns eu fui obrigada a engolir.
Criei uma úlcera.
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