quinta-feira, 30 de abril de 2009

Maria Luiza - Jorge Ben Jor




"Maria Luiza
Buenos dias mi amor

Que rica, que rica bandida,
bandida

Tiene perfume de gardenia

Um poeta me vio triste

Y lindas poesias me enseño

Me dijo que yo se la cante a quien me gusta

Y ese alguien eres tu mi amor

Bandida

Quando pases ante mi

Y me mires con indiferencia

Deja caer tu puñuelo perfumado

Para que yo pueda secar mis lagrimas

Bandida

Pues mañana es otro dia

Dicem que tu mui bonita y sensual

Vienes por el mesmo camino

Donde yo quedo siempre solo
Esperando por tu sonrisa
Esperando por tu cariño
Esperando por tu amor
Bandida"



Já me disseram que sou linda: não sou linda, talvez seja apenas o meu olhar marcante.
Já me disseram que sou sensual: nem sempre me sinto assim, penso ser a postura que o balé me deu somada às minhas certezas e minhas dúvidas
Já me disseram que sou indiferente: posso sê-lo, se me aprouver.
Nem sempre ando pelo mesmo caminho,
nem sempre sorrio,
nem sempre estou disposta a fazer um carinho,
nem sempre amo.

Sou pequena, aparência frágil
Mas tenho em mim a grandeza do sentimento.
Como tenho também a força pra passar por cima
De quem se interpõe na minha estrada.
Caterpillar.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Basta! - Maria Luiza


Não quero mais falar de amor.
Dói, machuca, fere a alma.
Vou manter meu bom humor

Buscar a resposta com calma.


Do que me adianta
Falar e não ser ouvida?

Palavras ao vento

E eu tocando a ferida?


Chega! Agora me basta!

Não falo mais, é loucura!

Fico com a idéia nefasta

Que me queres em tortura!


Livro-me dos grilhões

Deste amor insensato

Viva minha liberdade
!
Para amar de fato!

Não possuo ninguém - Maria Luiza


Não possuo ninguém
E ninguém me possui
Sou assim como gaivota
Em pleno vôo: rasgo o céu
E plano alturas...

Também mergulho fundo

Em busca de alimento
Mar gelado, peixe fresco
Um rochedo ao entardecer
É onde me abrigo.

Na aurora abro as asas
Pra mais uma jornada
No meu vôo solitário

De céus e mares infindos
Onde o horizonte é a meta.


Não possuo ninguém
E ninguém me possui!

Quantas vezes? - Maria Luiza


Quantas vezes
Tentei dizer
Que te amava
Quantas vezes
Tentei entrar
Em tua mirada
E os teus olhos fugiram (no sonho)...

Quantas vezes
Meu coração acelerou
Apenas por pensar em ti!
Quantas vezes
Não me viste na multidão
Enquanto eu te buscava...

Quantas vezes
Sonhei com teu beijo
Com teu cheiro
E acordei sozinha...

Quantas vezes
Serão necessárias
Para encontrar-te meu
Nos nossos desencontros?

Quantas vezes
Terei que secar
Lágrimas que brotam
Pelos nossos descaminhos?

Quantas vezes?

terça-feira, 28 de abril de 2009

Fumaça - Maria Luiza


Talvez eu pudesse perder a cabeça
Talvez eu pudesse reinventar a história
Talvez eu pudesse...

Talvez numa outra vida, quem sabe?


Não penso que valha a pena

Perder os sentidos, os rumos
Por uma coisa tão pequena

Que se dissipa, como fumos


Diga-me você, o que pensa?
Sobre a vida, história e amor

Se vale essa dor intensa

Ou se aceita ser perdedor?

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Gioco: scacchi - Maria Luiza



Vorrei capire
vorrei le norme sono state chiaramente...
non lo so mio ruolo in gioco:

pedone, cavallo o donna.

Non so quanto al messo in movimento me

in tuo vassoio

se sono nera o bianca

se ho qualche valore

o se non posso che essere esclusa...


Coração de pedra - Maria Luiza


Pensa que meu coração é de cristal?
Não: é diamante, de amante!

Não se quebra, nem se curva

E nem se lhe atinge o mal.

É pedra lavrada pela vil sorte
A duras penas bate ainda

Mesmo em sua jornada infinda

Pede, conclama pela morte


Há de bater até quando Deus quiser
Ou até quando eu aguentar

Rasga no meu peito de mulher


O triste fardo de lhe amar
Sem ao menos poder lhe dizer

Que sim, pode existir um lugar...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Maria-sem-vergonha - Maria Luiza


Maldita
Eu sou a praga necessária
que nasceu no seu jardim.
Sou a mulher
que correu mundo
E veio parar em sua frente!

Não evite o inevitável:
Entregue-se...
Depois...
Torture-se com a alegria,
desespere-se com sua fraqueza,
porque eu sairei plena de você
e nunca terá a certeza de minha volta.
Não me queira bem,
Nem me queira mal,
Apenas me queira eternamente..........

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Lestat - Maria Luiza


Doce-amargo beijo
Beijo de reencontro e despedida
Crava-me os dentes no pescoço
E beija-bebe do meu sangue
da minha alma, do meu coração.
Mata-me para me possuir.
Não me possui por medo de me amar.
E meu corpo jaz inerte com a maldita vida
ainda a pulsar
num coração dilacerado.
Já não sou mais do que morta-viva
numa vida que não é a minha.
Alça o vôo de volta ao torpe ninho
Vampiro de coração e alma
Abandona esta carcaça
Que já não lhe sacia mais.

E não morro e nem vivo.
Sou apenas um fantasma
de mim mesma.

Phoinix - Maria Luiza



Morri de overdose.

Mas isso foi há muito tempo atrás.

Aquela moça que existiu um dia, se matou num momento de loucura e, das cinzas dela, eu ressurgi: Fênix!

E assim, todos os dias subsequentes àquela morte, me reinvento.

Sheherazade, Morgana, Madre Tereza, Mãe do Mundo.

Posso ser de tudo um pouco: executiva profissionalíssima, às vezes, até inescrupulosa, se precisar vencer o oponente. Mãe com o colo sempre pronto pras filhas que foram geradas no meu ventre e pros filhos que adotei ao longo da vida. Amiga fiel dos meus poucos amigos. Terapeuta dos jovens desconsolados, que me contam seus dilemas. Palhaça pra quem precisa rir, terna com que precisa desabafar, autoritária com quem precisa aprender a obedecer.

Já fui frágil o suficiente para deixar o Amor para trás.

Hoje sou forte o suficiente para encarar meus medos e minhas esperanças. E não me falta a coragem para revolucionar minha vida, como tenho feito dia após dia. Revoluciono os conceitos, as visões de mundo, a educação de minhas meninas: elas serão mulheres com base emocional para não dependerem de ninguém, como eu estou aprendendo a ser.

Conto apenas comigo mesma: é a
minha vida após a minha morte!