Então você quer que eu lhe conte mentiras.
Daquilo que paira em meu íntimo e que não mais dissimulo.
Quer ouvir valsa onde só existe barulho de metal rasgado, carne dilacerada, e fragmentos de felicidade partida.
Não há como dizer o indizível.
O sentimento é sempre maior do que a palavra.
E não há palavra para o que sinto. Qualquer uma proferida será uma mentira.
Talvez a mentira tenha se transformado na grande verdade: uma vida vivida com base no engano.
Uma abdução dos sentidos e da razão.
Quem sabe uma alma capturada num pote e colocada na estante, para deleite próprio?
A alma tem seus segredos: foi anestesiada e lá ficou em coma, mas não deixou de sonhar.
Acorda aos poucos, zonza, sem saber exatamente onde está e se vê presa.
Debate-se entre as mentiras do sono e as mentiras da vigília.
Descobre a tampa do pote: é lá que é a saída para onde mora a liberdade e a verdade.
Mas isso também pode vir a ser uma grande mentira.
Amor vincit omnia. Aqui encontram-se alguns dos meus silêncios, retalhos de um patchwork que a tessitura da vida me faz passar. São pedaços de alma, algum bocado de tristeza, paixões intermitentes, alegrias disfarçadas. Um puzzle de mim mesma, onde a peça-chave é o coração. Ars longa, vita brevis
quarta-feira, 8 de maio de 2013
terça-feira, 30 de abril de 2013
Seu discurso - Maria Luiza
Fala.
Fala o que precisa,
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